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Em debate a formação
jurídica e mercado de
trabalho na área de direito
R
ecentemente, a UniBrasil sediou o Encontro Regional da Associação Brasileira
de Ensino de Direito (ABEDI) - Região Sul e o II Seminário de Acesso à Pesquisa e
Informação: Publicações Científcas na Área do Direito. O evento abordou ques-
tões referentes à formação jurídica e ao mercado de trabalho. Participaram do seminá-
rio representantes da ABEDI, OAB-PR, UniBrasil e convidados de instituições de ensino
renomadas como, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Estadual de
Maringá (UEM), UNICURITIBA, Escola Magistral Federal (ESMAFE-PR), Escola da Ma-
gistratura do Paraná (EMAP), Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo e do Rio de
Janeiro, Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Universidade do Oeste de Santa Catarina
(UNOESC), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Federal de Goi-
ás (UFG).
No primeiro dia do evento, após a solenidade de abertura, foi ministrada palestra
com a temática “Formação Jurídica e Mercado de Trabalho”, onde foram abordadas
as perspectivas atuais de atuação de novos profssionais no meio jurídico nacional. Os
palestrantes enumeraram as diferentes áreas de atuação a serem escolhidas pelos re-
cém-formados e alertaram os alunos a respeito de novos perfs profssionais que têm
surgido no mercado em decorrência de novas demandas, nem sempre positivas: “Os
advogados têm criado novas demandas. Certos tipos de serviço jurídico têm surgido,
como os advogados audiencistas, que são advogados cuja função se resume a frequen-
tar audiências, recebendo para isso entre R$10,00 e R$15,00 por sessão. Tal espécie con-
tratual não é razoável e deprecia a função do advogado, que não se resume apenas às
audiências, obviamente”, declarou o professor convidado Dr. Alexandre Veronese, da
ABEDI/UnB. Veronese defne tal fenômeno como uma precarização da profssão, conse-
quência da saturação do mercado.
Existem, porém, setores promissores na advocacia, que segundo o professor se quali-
fcam como oportunidades de crise: “A advocacia consultiva de caráter preventivo já
é comum ao redor do globo, por exemplo”, destaca. Segundo ele, no Brasil, a função
ainda é pouco exercida devido à cultura do brasileiro, que só procura um advogado
quando tem problemas. “É necessário que novos profssionais, com um perfl mais em-
preendedor, criem um ambiente adequado para o exercício desta nova modalidade,
muito necessária”, afrma.
Também entraram na pauta questões relativas ao ensino jurídico oferecido pelas uni-
versidades e à qualifcação dos profssionais do direito em exercício hoje no Brasil. Para
a professora Dra. Rosalice Fidalgo Pinheiro, coordenadora do Mestrado em Direitos
Fundamentais e Democracia da UniBrasil, tais fatores justifcam a necessidade da apli-
cação do Exame da Ordem: “Esse défcit na qualidade do ensino gera profssionais des-
preparados - por isso, o exame é tão necessário, uma vez que propicia uma qualidade
mínima para o exercício da profssão”, destaca. Rosalice ressalta que se não houvesse
o exame, a qualidade dos advogados no Brasil seria precária.
Evento abordou as perspectivas atuais de atuação de novos profssionais no meio jurídico
nacional
Jenifer Magri/UniBrasil