Edson Vidal

Degradação Humana.

Por dinheiro fácil o ser humano na História da Humanidade submeteu-se há toda sorte de desatinos. A ganância pela prosperidade desmedida, cega àquele que se deixa arrebatar pela fartura do dinheiro, pouco importando os meios e as vias para atingir esse desiderato. A ambição deixa a nua à fraqueza daqueles que não tem caráter e vendem a própria alma ao deus Midas. No ofício público, principalmente os que têm voz de comando e a chave do cofre, se deixam inebriar pelo poder efêmero e as oportunidades de ter à disposição enorme quantia de dinheiro que não lhe pertence.

A apropriação, a subtração ou o desvio desse numerário é fácil de ser manipulado, dissimulado nos documentos oficiais e passar desapercebido pelos órgãos fiscalizadores das Contas Publicas, ficando o risco de ser descoberto por conta do acaso. Dou pinceladas com tintas negras para pintar um quadro que possa se assemelhar e justificar o que está acontecendo com os homens públicos no Estado do Rio de Janeiro.

Governadores de algumas décadas, deputados estaduais, dirigentes desportivos e funcionários públicos não tiveram o mínimo de pudor para auferirem riquezas ilícitas. E a sanha criminosa não ficou apenas no âmbito restrito da Administração Pública, como também, contou com as benesses em forma de grandes propinas achacadas e/ou recebidas de grandes empresários.

Pelo menos neste momento, enquanto o Gilmar e seus amigos de  toga e de igual opinião não revogarem os atos de prisão, os implicados estão na cadeia. Todos estes habitando o porão da sociedade, no pior nível de degradação que uma pessoa humana possa descer. Todos ricos, levando vidas nababescas e pensando que jamais perderiam o privilégio de “autoridades”; mas foram alcançados pela Justiça e colocados no lugar que merecem.

Sem dignidade alguma, sem honra e à mercê da própria sorte. Mais dias, menos dias, o Ministério Público buscará arrecadar o produto ilícito desses “alcances” para ressarcir os Cofres Públicos. Infelizmente resta a esses indivíduos ficar na política, enquanto não lhes forem subtraídos com a condenação os seus direitos de cidadãos, por ser esta a única via para manter as aparências.

Tal como vem ocorrendo com outros políticos, que apesar de livres como pássaros, estão as voltas com a Lei e porque  agasalhados pela impunidade criminosa. Pelo menos no Brasil de hoje, alguns figurões da alta casta política está comendo o pão que o diabo amassou, pois a dor de consciência com certeza faz  o pior dos delinquentes refletir que o crime não compensa. Acha que não? Perguntem aos políticos presos e seus familiares...

“Nada é pior do que estar num cela fria da prisão, convivendo com marginais perigosos. Ela é o porão da sociedade, frequentada por pessoas moralmente degradadas!”

Atenção: As opiniões dos nossos colunistas, não expressam necessáriamente as opiniões da Revista Ações Legais.