Edson Vidal

Liberdade de Expressão

Acho que ainda vivemos dentro de um regime democrático embora aos pedaços, por isto, o direito de expressar o que se pensa a respeito de qualquer assunto, pode ser dito ou escrito. Pelo menos é o que parece. É claro que uma das pedras de toque de um país livre é a pessoa saber ouvir e também refutar quando a opinião de outrem é conflitante, pois quem diz o que quer pode muito bem ouvir o que não quer. Eu por exemplo cultivo o hábito de escrever o que é próprio dos literatos, porém, nem sempre, minha opinião é unânime pois muitas pessoas pensam de maneira contrária e outras até tem aversão e querem debater num espaço sabidamente impróprio. Nenhum cronista responde provocação e muito menos tenta convencer que seu ponto de vista é o único verdadeiro. Na mídia eletrônica quem não gosta simplesmente deleta o que leu e passa a ignorar dali em diante  a opinião do cronista. Confesso que nestas mais de três mil crônicas do cotidiano que escrevi tive pouquíssimos leitores que quiseram me desacatar ou me provocar com palavras de baixo calão. Jamais me preocupei com nenhum deles porque simplesmente ignorei ou deletei suas opiniões. Não por receio, em absoluto, é que o espaço que disponho não permite debater. Todavia, sinceramente, gosto de ouvir opiniões contrárias às minhas e se deleto não é por soberba, mas, as vezes, para não permitir que comentários inoportunos deslustre o propósito desta via eletrônica que escolhi para meus desabafos. Ontem, em Brasília, na abertura do “Foro de São Paulo” o Luiz Ignácio no seu estilo ácido de provocar e cativar a plateia composta daqueles que pensam igual a ele, disse, dentre tantas coisas que gosta de ser chamado de “comunista” e que sua missão é combater os “costumes”, o “patriotismo” e a “família”. Estando dentre os seus iguais vociferou contra a atual sociedade pois seu propósito sempre foi tornar a mesma uma argamassa, onde as minorias vão comandar os costumes e o Estado será composto de uma elite dominante, com o povo vivendo na pobreza e subjugado pelo terror das botas. Sim, pois ser contra os costumes é romper com o império das leis, da ordem, para forjar no seio do país a ideologia utópica que escraviza e torna a população mais ignorante  e necessitada do assistencialismo publico.  Forma de esgoelar qualquer ideia libertária e amansar sob o peso das baionetas qualquer reação contrária. Tal propósito é modelo nos países comunistas , do qual o Luiz Ignácio se orgulha de ser um deles . E o patriotismo, hein ? Combater o patriotismo que vem a ser o respeito e o amor à Pátria, aos seus símbolos nacionais e a História, é roubar dos cidadãos os valores que estes  tem pelo Brasil, pelo seu passado, presente e futuro, pelos heróis que defenderam com a própria vida a defesa da liberdade, dos sonhos e anseios das gerações. É de admirar que as FFAA, que tem no patriotismo o pedestal de suas sustentações, fiquem passivas como mercadores apátridas, ouvindo e assistindo a destruição dos valores que foram bandeiras desfraldadas pelos seus Comandantes ao longo dos tempos, ficando agora como cordeirinhos acuados dentro de seus quartéis. Enquanto isto, o Luiz Ignácio et caterva, ditam o rumo para um embate social a fim de implantar o comunismo, custe o que custar. Como homem da lei e sem nenhum apego a ideologia e nem a partido político, me causa espécie que as forças vivas do país estejam assistindo cenas que antecedem a derrocada da democracia, tão conhecidas na História e sem nenhuma oposição válida que imponha freio antes que as rédeas da liberdade estejam nas mãos dos revolucionários. Porque o Luiz Ignácio quer o embate e o fratricídio por ser este o único meio de poder alcançar seu propósito de se tornar um outro Maduro. 
E nem para defender as famílias os cidadãos que pensam e raciocinam dão qualquer demonstração de reação, - e o perigo apregoado como palavra de ordem no Fórum de São Paulo, vai se espargir para todos lados, como erva daninha que acabara tomando conta dos campos, das florestas, das casas e das cidades. Este pronunciamento não pode encontrar guarida no direito de opinião assegurado na Constituição Federal, pois não se trata de um comentário lícito, mas, sim de uma declaração de guerra contra o Estado Democrático de Direito, sujeitando seu autor a responder por Crimes Contra a Segurança Nacional…


“Se 1.500 brasileiros foram incluídos num processo por terem atentado contra a Segurança Nacional, como pode, o Luiz Ignácio apregoar  a viva voz que quer derrubar o Estado Democrático de Direito, sem ser igualmente processado? 
Afinal, se depredações de prédios públicos induz crime em derrubar um governo eleito; como pode o Presidente da Republica apregoar a implantação do comunismo no país, um ato revolucionário contra democracia, e não ser processado criminalmente?”

Atenção: As opiniões dos nossos colunistas, não expressam necessáriamente as opiniões da Revista Ações Legais.