Comendo Pelas Beiradas.

Sempre vi o militar como um funcionário civil uniformizado, cujas diferenças entre eles  se assentam na hierarquia, disciplina e amor à Pátria. A Carreira militar exige dedicação exclusiva do servidor e a lotação pode ocorrer em qualquer parte do país e do exterior. Evidente que me refiro as Forças Armadas. Na carreira civil o servidor exerce serviço publico subordinado àquele que estiver em cargo de chefia e cuja atividade precípua é garantir a execução das políticas públicas. No contexto do Estado ambas as carreiras são imprescindíveis para garantir a soberania do país e o funcionamento  dos serviços públicos. Pois, bem. No período que antecedeu as eleições com dois candidatos de viés antagônicos, li no Facebook diversas manifestações de membros de escalão Inferior das FFAA, criticando o Bolsonaro e enaltecendo a figura de um ladrão  como o Luiz Ignácio. Juro que no início não entendi nada das ditas posições desses militares da reserva, pois para mim não havia lógica por motivos óbvios. Ademais o Bolsonaro é um Oficial da reserva. Ontem vi uma foto estampada no Facebook do encontro fraterno entre o luiz Ignácio, ainda Presidente da República. , com militares da reserva onde o mentiroso mór da República prometeu rever o soldo desses inativos. Daí caiu a ficha e entendi do porquê o pessoal inativo das três Armas terem optado pelo pior candidato : o salário. A Pátria ficou em segundo plano. Eis o xis da questão que levou grande parte dos eleitores militares (e muitos funcionários públicos) desprezarem o Bolsonaro, porque a esperança de melhores salários estaria com aquele que prometia um futuro de igualdades. Por quê? Porque o militar da ativa, assim como o servidor civil, ganha muito mais do que o inativo  -, pois foram instituídas uma miscelânea de vantagens para beneficiar apenas àqueles que estão na ativa do serviço publico. Um capitão da ativa ganha quase o dobro do que ganha um mesmo graduado da reserva. Claro que não era culpa do Bolsonaro mas este por ser Governo colheu o que não plantou. E isto não ocorre apenas a nível federal como, também, entre os funcionários civis e militares (PM) dos estados. Tudo por culpa do STF que não tem observado o dispositivo constitucional que não permite a quebra de isonomia salarial entre ativos e inativos. A justificativa para tamanha discrepância está tenuamente assentada no argumento que referidos penduricalhos (vantagens temporárias) não estão incorporadas no salário básico. E a perda de ganho só será sentida quando o servidor publico (in gênero) se aposentar. E o Luiz Ignácio  que de honesto  e bobo não tem nada, sabendo que os militares da ativa não são confiáveis, começou a comer pelas beiradas, batendo nas costas e prometendo àqueles que estão na reserva equacionar tamanha diferença remuneratória.
E os inativos das FFAA que votaram no Luiz Ignácio começaram a ter esperanças de dias melhores, e a Pátria ?
Ah, a Pátria que se dane… 


“Servidor Publico Civil e Militar são galhos de uma mesma árvore; a remuneração condigna é meta desejada. A diferença de salário entre Servidores ativos e inativos  é a maior indecência que o Legislador comete, pois é um crime contra a as Constituições Federal e Estaduais.”